A obrigatoriedade da placa para Mercosul ainda gera muitas dúvidas entre motoristas em todo o Brasil. Desde que implementaram essa placa, atualizaram diversas regras, e muitos condutores não sabem exatamente quando precisam substituir a antiga placa cinza.
A placa para Mercosul foi criada para padronizar a identificação de veículos nos países do bloco sul-americano. Porém, ao contrário do que muitos pensam, não é todo mundo que precisa trocar de imediato. Existem situações específicas previstas por lei que exigem a mudança — e é isso que você vai entender de forma clara neste conteúdo.
Se você possui um veículo ou está comprando um carro usado, este guia esclarecerá exatamente quando você deve fazer a troca, como realizar o processo e quais cuidados deve tomar. Continue lendo para evitar problemas e manter-se em dia com a legislação de trânsito vigente em 2025.
O que é a placa para Mercosul
A placa para Mercosul é um modelo padronizado utilizado por países do bloco econômico sul-americano — Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela (este último ainda em fase de implementação). No Brasil, ela foi oficialmente adotada em 2020 e tem como objetivo facilitar a integração entre os países, aumentar a segurança e coibir fraudes.
Visualmente, a nova placa tem fundo branco com caracteres pretos, uma faixa azul superior com a bandeira nacional e um QR Code exclusivo. Além disso, não há mais o uso do lacre ou da tarjeta com o nome da cidade/estado. O novo sistema torna mais fácil a identificação do veículo por câmeras de segurança e fiscalização automatizada.
Quando é obrigatória a troca
A princípio, a troca para a placa para Mercosul não é obrigatória para todos os veículos automaticamente, mas sim nas seguintes situações:
- Compra de veículo zero quilômetro: Todo carro novo já sai com a placa Mercosul.
- Transferência de propriedade: Se você vender ou comprar um carro usado, a mudança de proprietário exige a nova placa.
- Mudança de município ou estado: Se o veículo for transferido de uma cidade para outra, a placa deve ser atualizada.
- Placa danificada ou ilegível: Em caso de deterioração, perda, roubo ou qualquer dano que comprometa a leitura da placa.
- Mudança de categoria do veículo: Por exemplo, transformar um carro particular em táxi ou vice-versa.
Essas são as situações que, segundo as normas do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e os Detrans estaduais, tornam obrigatória a instalação da placa para Mercosul. Contudo, fora desses casos, a substituição não é exigida por lei.
Casos em que não é obrigatória
Apesar da ampla divulgação, muitos motoristas ainda não precisam fazer a troca. Veja quando a placa antiga ainda pode ser mantida:
- Veículo com placa cinza e sem mudança de proprietário, categoria ou domicílio.
- Carros usados com documentação em dia e sem registro de alteração.
- Ausência de qualquer evento que exija novo emplacamento.
Ou seja: Se você possui um carro em seu nome, continua na mesma cidade e não precisa fazer nenhuma alteração no registro, a troca da placa para Mercosul é opcional.
Como fazer a troca da placa
Se você está em uma das situações obrigatórias, o processo para obter a placa para Mercosul é simples:
- Dirija-se ao Detran do seu estado ou acesse o portal online para iniciar o processo.
- Solicite a autorização de estampagem da nova placa.
- Pague as taxas obrigatórias, que variam de estado para estado (entre R$ 150 e R$ 250, em média, em 2025).
- Leve o veículo até uma empresa credenciada para a instalação da nova placa.
- Conclua o processo com a vistoria, se exigida pelo Detran local.
Sendo assim, vale destacar que a maioria dos Detrans oferece o agendamento eletrônico e permite que você acompanhe em tempo real o andamento da solicitação.
Diferenças entre placas antiga e nova
Além do visual mais moderno, a placa para Mercosul oferece outras mudanças importantes:
Característica | Placa Cinza | Placa Mercosul |
---|---|---|
Cor do fundo | Cinza | Branco |
Identificação do estado | Sim (tarjeta) | Não (apenas país de origem) |
QR Code | Não | Sim |
Segurança contra fraudes | Baixa | Alta (verificação digital) |
Padrão internacional | Não | Sim (válido no Mercosul) |
Certamente, essas mudanças aumentam a segurança, melhoram a fiscalização e tornam os dados do veículo mais acessíveis e atualizados.
Multas e penalidades
Caso o proprietário deixe de trocar a placa para Mercosul em situações obrigatórias, ele poderá sofrer:
- Multa grave de R$ 195,23
- 5 pontos na CNH
- Retenção do veículo até regularização
- Impedimento para transferência ou mudança de categoria
Portanto, é fundamental verificar se a sua situação se enquadra nas exigências e agir dentro do prazo para evitar sanções.
A placa para Mercosul veio para padronizar e modernizar a identificação veicular no Brasil e em outros países da região. Por isso, apesar da aparência mais tecnológica, ela só é obrigatória em situações específicas, como venda, mudança de município ou categoria do veículo. Entender as regras ajuda a evitar gastos desnecessários e penalidades.
Por fim, sempre que você estiver com dúvida, consulte o Detran do seu estado e fique atento às atualizações da legislação. Manter seu veículo regularizado é mais do que uma exigência: é também uma garantia de segurança e tranquilidade no trânsito.